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O Papa São Pio X já alertava em sua Encíclica Acerbo Nimis, que trata sobre o Ensino do Catecismo, do perigo que é não conhecer a Doutrina Católica, já que esta nos faz conhecer a Deus muito mais que as nossas faculdades naturais.
Escreveu o santo Papa Pio X que "existe hoje um grande número de pessoas, no povo cristão, que vivem em suma ignorância das coisas que se devem conhecer para conseguir a salvação eterna!
Difícil seria ponderar a espessura das trevas que com frequência os envolvem e - o que é mais triste - a tranquilidade com que permanecem nelas!
Com Deus, soberano autor e moderador de todas as coisas, e com a sabedoria da fé cristã não se preocupam de modo algum; e assim nada sabem da Encarnação do Verbo de Deus, nem da redenção por Ele levada a efeito; nada sabem da graça, o principal meio para a eterna salvação; nada do sacrifício augusto nem dos sacramentos, pelos quais conseguimos e conservamos a graça.
Quanto ao pecado, não conhecem sua malícia nem sua fealdade, de modo que não tomam o menor cuidado em evitá-lo, nem em conseguir o perdão por tê-lo cometido; e, quando chegam aos últimos momentos de sua vida, que convenientemente deveriam ser empregados em atos de Caridade, o sacerdote - por não perder a esperança de sua salvação - se vê constrangido a ensinar-lhes sumariamente a religião; e isto, se não ocorre - desgraçadamente, com muita frequência - que o moribundo seja de tão culpável ignorância, que tenha por inútil o auxílio do sacerdote e julgue que possa transpor tranquilamente os umbrais da eternidade sem ter satisfeito a Deus por seus pecados.
Por isso, Nosso predecessor Bento XIV escreveu justamente: "Afirmamos que a maior parte dos condenados às penas eternas padecem sua perpétua desgraça por ignorar os mistérios da fé, que necessariamente se devem saber e crer para que alguém se conte entre os eleitos [Instit. 27,18]." (Epístola Encíclica Acerbo Nimis - São Pio X)
A CRIAÇÃO DO LIVRO
Seguindo o exemplo de muitos outros autores católicos que, no ímpeto de ajudar as pessoas a chegarem ao céu, divulgaram a Doutrina da Igreja em seus livros, decidi também redigir um com o mesmo propósito.
Direcionei todo o trabalho aos leigos que manifestam interesse de serem instruídos, mas que sentem dificuldade em compreender a sã doutrina.
Idealizei, então, um modelo em que a Palavra de Deus fosse utilizada como a coluna vertebral do livro e, em cima dela, colocaria os comentários vindos da Doutrina Católica. Assim, em sua elaboração, utilizaria tanto a Sagrada Escritura como a Doutrina da Igreja.
Tinha forte convicção de que se os fiéis aprendessem o essencial desses dois conhecimentos iriam amar mais profundamente a Jesus Cristo, o que lhes fortaleceria a Fé e os prepararia melhor para conseguir a salvação eterna.
A ESTRUTURA DO LIVRO
Para facilitar o entendimento do leitor, dividi cada capítulo do livro em três partes: um título com sua descrição; uma passagem bíblica que apresenta o entendimento geral do capítulo; e, logo abaixo, os comentários.
Da Bíblia foram adotadas as principais passagens que compõem o Antigo e o Novo Testamento, seguindo sempre a ordem cronológica dos fatos bíblicos, desde a criação do mundo até à formação da Igreja.
Como o objetivo era auxiliar na formação doutrinária dos fiéis, os comentários foram retirados de diversos livros católicos tradicionais, colocando como destaque o Catecismo Romano, o Catecismo de São Pio X e a Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino. A intenção seria fazer com que o católico, em uma única leitura, tivesse a oportunidade de entender a Bíblia e aprender a Doutrina de sua Igreja.
OS OBJETIVOS DO LIVRO
Os principais objetivos que o livro procura alcançar são:
Auxiliar as famílias católicas a manterem-se fiéis a Deus e à santa Igreja.
Contribuir para que os católicos tenham uma compreensão dos fatos históricos bíblicos.
Colaborar para o entendimento do Mistério da Salvação.
Ensinar a Sagrada Escritura através de explicações vindas da própria Igreja Católica, por meio de sua Doutrina.
Levar o católico a perceber a importância da santa Missa na Salvação dos homens.
Stenio Carneiro
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