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"SEDE SANTO"!

Quando alguém fala sobre ser santo em um grupo de amigos ou em família, muitas vezes a primeira impressão é que essa pessoa está pensando em se tornar religiosa. Raramente considera-se a ideia de que ela simplesmente deseja aprimorar sua prática das virtudes católicas.

O mundo atual geralmente não acredita que uma pessoa comum, seja solteira, casada ou estudante, possa buscar a santidade e alcançar uma profunda união com Deus. Mas será que isso é realmente verdade? Será que a vida acadêmica, profissional ou mesmo o casamento são obstáculos para se tornar santo?

Na realidade, não cabe aos homens afirmar que é impossível viver uma vida santa nos tempos atuais. A capacidade de buscar a santidade é uma graça que vem de Deus, e Ele nunca deixou de inspirar nos corações humanos o desejo de ser santo. Por isso, todos foram instruídos a "serem santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo" (Lev 19, 2). No Novo Testamento, Jesus Cristo reforça essa ordem, dizendo: "Sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito" (Mat 5, 48).

Em um mundo onde os meios de comunicação modernos muitas vezes prejudicam a família, é urgente que surjam pessoas que aproveitem a graça que Deus derrama no mundo e escolham ser leigos virtuosos, inteligentes, determinados e verdadeiros apóstolos.

No entanto, é fundamental que haja um desejo vigoroso de seguir o chamado de Deus à santidade, pois o anseio pela santificação é uma escolha pessoal, assim como o desejo de salvar a própria alma. É importante esclarecer que buscar a santidade não significa apenas buscar a própria santificação, mas também cooperar com a obra de Deus no mundo, semeando a graça e contribuindo para seu crescimento e frutificação. Nesse contexto, aqueles que buscam a santidade acabam por contribuir com a salvação de outras almas. 

Então: "Seja santo... Hoje e sempre!"

Stenio Carneiro

O QUE DEUS DESEJA DE NÓS? 

Com frequência, nos pegamos refletindo sobre o propósito de nossa existência neste mundo. Muitas perguntas surgem em nossas mentes, e a maioria delas permanece sem resposta. Questionamos se nossa vida tem alguma relevância nos destinos eternos traçados por Deus para o mundo. Ponderamos sobre o impacto do nosso modo de viver na vida das outras pessoas e buscamos entender qual caminho Deus deseja que sigamos.

Apesar de muitas dessas perguntas parecerem sem resposta, o Senhor, de maneira carinhosa, já as respondeu diversas vezes. Basta recordar as ocasiões em que Ele nos resgatou e nos conduziu de volta a Ele. Em cada uma dessas experiências, aprendemos algo valioso, incluindo o fato de que Deus não nos quer distantes. Isso significa que precisamos da Sua graça para trilhar nosso caminho neste mundo e que devemos estar próximos a Deus para compreender Sua vontade.

Então, qual é a vontade de Deus para nossas vidas? Ele deseja que busquemos viver de maneira santa na Terra, alcançando assim a Salvação eterna. Ao seguir por esse caminho, podemos ter a certeza de que estamos percorrendo a estrada desejada por Deus para nossa vida. Quanto mais buscamos a santidade, mais estamos cumprindo o papel que Deus nos destinou.

Além disso, ao decidirmos seguir o caminho da santidade, coisas maravilhosas acontecem: Deus nos utiliza para conduzir outras almas à salvação e à santidade. Nossa família, paróquia e amigos são beneficiados com as graças e talentos que recebemos ao espalhar o divino em nossas vidas.

Portanto, a única coisa que nos é exigida é que usemos as graças e talentos que recebemos de Deus exclusivamente para cultivar mais santidade em nossa vida e na vida das pessoas ao nosso redor. Devemos empregar essas dádivas com sabedoria, evitando desperdiçá-las em coisas que não estão alinhadas com a vontade divina. 

Então, o que Deus deseja de nós? A Santidade.

Stenio Carneiro

FIDELIDADE OU AÇOITE

Ao analisarmos diferentes momentos na história do povo de Israel, percebemos que, alternadamente, experimentaram momentos de alegria e esperança, mas também enfrentaram períodos de dor e desespero.

A felicidade e o júbilo eram evidentes quando Israel permanecia fiel a Deus. O número ou força dos inimigos não importavam, pois o Senhor liderava o caminho, e o povo triunfava sobre todas as adversidades.

Por outro lado, a falta de fidelidade do povo às orientações divinas resultava em desespero e tristeza. Afastando-se do sagrado, Israel não conseguia resistir aos inimigos, sendo dominado, escravizado e até morto por eles.

Infelizmente, nas Escrituras, observamos que apenas diante das consequências dolorosas, após abandonarem as leis de Deus, é que o povo israelita se lembrava da Aliança e buscava ajuda, prometendo ser fiel novamente.

Alguém poderia questionar se Deus castigava os hebreus para que voltassem a segui-Lo. Na verdade, os castigos não eram impostos por Deus, mas Ele permitia que acontecessem, na esperança de que o povo retornasse à Aliança.

Apesar dos desvios dos israelitas e de terem se afastado dos bons caminhos, Deus não desistiu da Aliança feita com eles, nem lhes impôs punição eterna. Quando voltavam a buscar Deus, Ele os acolhia, concedendo-lhes vitória sobre os inimigos. A intenção do Senhor sempre foi guiar Israel no caminho que leva à Salvação Eterna.

Ao olharmos para nossa própria vida, deparamo-nos com duas estradas: uma que leva à alegria e ao triunfo, e outra que conduz ao sofrimento e à morte. A experiência do povo de Israel nos orienta sobre as consequências de ser fiel ou infiel a Deus.

Assim, diante dessas escolhas, optemos pela fidelidade a Deus e sigamos na paz do Senhor.

Stenio Carneiro

O AMOR E O TEMOR A DEUS!

Enquanto estamos vivos, se cometemos pecados, temos a oportunidade de confessá-los e receber a misericórdia de Deus. No entanto, chegará o momento em que vamos morrer, e nesse instante, não teremos mais a chance de receber o perdão de Deus, pois será o momento do julgamento.

É importante lembrar que Jesus Cristo, o Salvador conhecido por sua misericórdia e bondade, será o juiz de todos os seres humanos. Alguns podem não considerar o dia do julgamento muito sério, pensando que Jesus Cristo, sendo misericordioso, não os condenará, apesar de seus pecados.

No entanto, esquecem que é o próprio ser humano que se condena, pois será julgado com base nos ensinamentos sagrados que desprezou. Como diz a passagem bíblica: "Se alguém ouve as minhas palavras e não as guarda, eu não o condenarei, porque não vim para condenar o mundo, mas para salvá-lo. Quem me despreza e não recebe as minhas palavras, tem quem o julgue; a palavra que anunciei julgá-lo-á no último dia." (Jo 12, 47-48).

Portanto, embora Nosso Senhor tenha vindo para salvar todos os seres humanos, aqueles que escolheram não se salvar acabarão perdendo essa oportunidade.

Para evitar cair nas armadilhas do mundo, é crucial lembrar que o amor e o temor são duas faces da mesma moeda no cristianismo. Não devemos exagerar no temor a ponto de enfraquecer nosso amor por Deus, nem colocar o amor acima do temor, ignorando a justiça divina. O correto é amar profundamente a Jesus Cristo, confiar em Sua misericórdia, mas estar ciente de que, se negligenciamos o temor a Deus e nos afastamos de Seus caminhos, teremos que prestar contas de nossas ações no último dia.

Aqueles que abusam da misericórdia divina durante a vida, eventualmente enfrentarão as consequências de seus atos na morte. Portanto, o que devemos fazer? Devemos amar e temer o Senhor na medida certa para alcançar o Céu.

Stenio Carneiro